Os Lenços de Amor ou de Namorados têm como origem  os lenços senhoris dos séculos XVII e XVIII e foram posteriormente  adaptados pelas mulheres do povo. Numa primeira fase, começaram a ser  usados como adereço do traje feminino passando mais tarde a peça  integrante do enxoval que a moça começava a preparar na infância. “Entre  lençóis e atoalhados era comum bordar-se um lenço subordinado ao tema  do amor “depois de concluído era usado pela autora na bainha da saia ou  no bolso do avental e mais tarde seria oferecido ao rapaz por ela  escolhido.
Desde sempre, os portugueses partiram: ou para  ganhar o sustento noutro lugar, ou para a guerra, ou para embarcarem em  navios na aventura da Expansão
Na hora da despedida, em certas  regiões do norte de Portugal, era “obrigatório” a rapariga apaixonada  oferecer um lenço ao namorado. Lenço bordado por ela, com uma quadra da  sua autoria. Se bordava com erros ortográficos, isso era pormenor  insignificante, o que contava - e conta - são os sentimentos.
“Os  lenços eram uma espécie de anéis de noivado, na medida em que o seu uso  por parte do homem significava aceitar o compromisso com a moça que o  bordou. Eram uma declaração de amor que as “moças em idade casadoira”  ofereciam como uma prenda entre namorados. Este, por sua vez, para  assumir publicamente o compromisso, usava-o por cima do casaco  domingueiro, no bolso, ou ao pescoço”.
(Para mais informação Consulta o site: http://lencosdenamorados.no.sapo)

Os símbolos mais comuns que encontramos nos Lenços estão directa ou indirectamente ligados ao seu tema chave: o amor. Corações, motivos florais, chaves, pássaros e ramos. “Encontramos também silvas que são adornos bordados em forma de cercadura que imitam motivos florais e são também utilizadas para as orlas dos lenços”.
 



 
 
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